quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O verdadeiro significado da força de vontade

Tudo fica pequeno diante da força de vontade do ser humano. Não a quem há impeça, não há quem a segure. Ela é inexplicável, resistente e sobrenatural. Somente algumas pessoas têm o dom de carregá-la. Pessoas que inconscientemente desenvolvem uma energia capaz de mover montanhas. Uma força dinâmica transparente, que vai crescendo e se fortalecendo até tornar-se inquebrantável.

Após assistir ao show ao vivo de Pedro Ortaça e família, na Expo São Luiz 2008, foi sensível perceber o verdadeiro significado da palavra força de vontade. Quando Alberto, o filho mais novo da família de músicos entrou no palco, ficando diante do microfone, aos olhos de um imenso público, voltado a uma emoção carregada de sentimentos, descobri o quanto o ser humano é apto a derrotar o inacreditável. Para quem não sabe, Alberto foi vítima de um acidente de carro no dia 14 de maio de 2005. Seu caso foi considerado irreversível. Entre a vida e a morte, a família Ortaça travou um período de lutas diárias, carregada de sofrimento e esperanças.

Mas o que salvou Alberto? A ciência e a medicina são consideradas as responsáveis por devolverem a vida ao músico, depois de mais de seis cirurgias. Porém, somente a força de vontade da família permitiu que isso acontecesse. Pedro, Gabriel, Marianita e Rose, passaram por uma prova de resistência. Em um momento de dor, era hora de unir forças e buscar a recuperação. Quando tudo parecia perdido, a família mostrou uma garra em desordem, uma união que nem eles sequer imaginavam que existisse. “Não era hora de chorar. Nós tínhamos que buscar soluções, manter o controle e a família unida”, disse Rose em uma entrevista. Hoje, quando vemos Alberto Ortaça de volta aos palcos, é impossível não se emocionar. Enxergamos uma música cantada com paixão, garra e otimismo. Enxergamos a força de vontade caminhando pelo palco, como o melhor símbolo a pairar sobre a família Ortaça. Visualizamos que aquele afeto e apego, tem mais nomes do que amor à pátria ou ao tradicionalismo. É a união desta família, incondicionalmente retratada na força de vontade de cada um deles.

Exemplos como esses, não são tão difíceis de se encontrar. Luigi Sartori, 10 anos, da cidade de Santo Antônio das Missões, sofria de uma doença congênita degenerativa rara, situação que só podia ser controlada mediante um transplante de medula. Atualmente, ele está operado e quase pronto para levar uma vida tranqüila. Até o ano passado, esta realidade parecia inatingível, uma vez que a chance de encontrar um doador compatível chegava a um em 100 mil, devido à diversidade genética da população brasileira. Arlete, sua mãe, também travou uma batalha contra o tempo. Mobilizou cidades, movimentou pessoas e foi atrás de um doador por todo o Brasil. Era um duelo sem horário para acabar. Noite e dia já não faziam mais diferença. Seu filho era o objetivo maior, meta e seu motivo de viver.

Esta força de Arlete e da família Ortaça do qual estou falando não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável, de superação e otimismo. Eles não se sentiram incapazes de tentar salvar a vida de seus filhos. Foram à guerra e conseguiram vencer. Que isso sirva de lição para todos nós, em qualquer ocasião. As pessoas que acreditam que são incapazes simplesmente nem tentam. Pessoas assim deixam-se levar, vivem à deriva, sem controle, sem metas e sem resultados. Lembre-se sempre, a tua pretensão move mundos, está nela a tua garra, a tua direção. O segredo da força? Está na vontade!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Escolha errada, resultados corretos.

Quem nunca se perguntou ainda criança: “O que quero ser quando crescer”? E quem desta maioria, soube responder a pergunta? A vida ensina a encontrarmos o que realmente nos faz feliz. É o tempo que molda nossos pensamentos e leva a encontrarmos as respostas para perguntas como essas. Aos 17 anos, após concluir o Ensino Médio, temos que assumir a responsabilidade de escolher a profissão que seguiremos pelo resto da vida. Complicado, não? Tão complicado para uma idade em que se tem pouca maturidade e visão de mundo.
E no meio deste bombardeio de informações, onde é preciso estar atualizado e acompanhando esta transição de um tempo para o outro, não queremos ficar para traz e quanto mais cedo na universidade, melhor.




Longe das grandes capitais que oferecessem cursos do meu gosto como Rádio e TV e cinema, tive que optar pela graduação de Publicidade e Propaganda, em uma cidade vizinha. Viajo todos os dias de ônibus até Ijuí para assistir aulas do qual me interesso muito pouco. Não sei se é resultado do cansaço do trabalho diário que carrego ou se é por falta de interesse. A única coisa que tenho certeza, é que se me perguntasse hoje o que quero ser quando crescer? A resposta não seria: Publicitário.

Encontro-me em uma universidade particular e financio metade do curso. Sinto frios na barriga só de pensar que terei anos pela frente após formado, para pagar a outra metade financiada. Vou carregar esta bucha durante dois, três, quatro anos. Se arrependimento matasse, eu não estaria morto, acredite, porque eu não estou arrependido. Embora tenha feito à escolha errada, vejo as várias possibilidades em especializações que a publicidade apresenta, até mesmo na área de TV, rádio e cinema. É por isso que a encaro como uma aprendizagem a mais no meu currículo.


É um investimento alto, audacioso, cruel e causador de insônias. Esta tal de universidade engole grana o tempo todo. Mas se não investirmos em nós mesmos ou apostarmos nos nossos sonhos, a vida não terá a mínima graça. O que vale é arriscar, sem medo!
Afinal, esta escolha errada me levou a conhecer um lado diferente da vida, que talvez eu nunca entendesse. Por elas, passaram pessoas, viagens e conhecimentos que traduzem grande parte de minha ideologia. Escolhas erradas, resultados corretos. Como diz Pedro Bial, “não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos vinte e dois, o que queriam fazer. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem”.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Eu já sou tio.... CORUJA!!

Para as crianças o instante existe e a vida está completa. Seus olhares são os mais atentos a qualquer banalidade. E surpreendem-se com qualquer bobagem da vida, gestos, atitudes. Eles são a alegria da casa e nos tornam admiradores por completo.

Aqueles que ainda não sabem, Matheus Duarte Sommer, três anos, é filho da minha irmã Francielle com seu marido André e me fez tio nestes últimos anos. Atualmente eles residem no Estado do Pará, em Marabá e por este motivo costumo dizer que parte da minha vida parece incompleta, com sua ausência. Ficou claro o tio coruja assumido, cheio de saudades e histórias para contar. “Mateka”, como chamamos, é uma criança mais que especial. Juro, não é porque sou coruja. Ele é inteligente, sapeca, risonho e parecido com o tio, óbvio.

Desde o seu nascimento, a nossa família nunca mais foi à mesma. Havíamos perdido há pouco tempo o nosso pai, e aquele presente de Deus, parecia que havia chegado para recobrir a esperança dos nossos dias, unindo ainda mais a família. Admito que desconhecia o papel de ser um bom tio. O que fazer? Como ser? Como Agir? Estava “debutando” e de praxe queria me tornar o melhor tio do mundo, não pelo simples fato de ser o único, mas pela expectativa que me aguardava, e deste amor que já existia, mesmo antes dele existir. Troquei poucas fraldas, mas passei muitas noites em claras.

Engraçado que tudo parecia mais interessante na minha vida. Tinha mais ânimo para trabalhar, ir à faculdade. Aquela experiência única estava me fazendo descobrir as coisas mais simples da vida. Todo dia era uma novidade diferente. As fases do Matheus iam nos revelando experiências fascinantes. Observar seu crescimento, nos permitia gargalhadas intermináveis, momentos de emoção constante e preocupações que nunca terminavam. Sentimentos que até então eu desconhecia como tio. Por ser muito esperto e inteligente, o cuidado era redobrado. Teve um domingo que ele apanhou a chave do carro da mesa, aproveitou que o automóvel estava aberto e resolveu dirigir literalmente. Bateu o carro na parede da garagem e mesmo assim não chorou. Estou até imaginando o Matheus falando daqui alguns anos: “minha primeira batida de carro foi com três anos de idade.


Longe ou perto, continuo o tio coruja e babão de sempre. Quando não nos falamos pelo telefone, tento matar a saudade através das fotos ou dessas lembranças. É notável que os laços continuam firmes. E estes laços jamais serão desfeitos por causa da distância. Eles tendem a ficar mais sólidos com o tempo, como uma prova definitiva e exata de que família é para sempre. Com o meu sobrinho Matheus eu renovo minha esperança e reabasteço minha energias perdidas. Ele é a nossa maior riqueza, a nossa maior herança. Mas como cuidar de uma herança? Geralmente as pessoas desperdiçam, não investem tempo e deixam entregue à sua própria sorte. Se você é tio, tia, mãe, pai, aproveitem o tempo, permitam conhecer suas heranças. As crianças representam o futuro da vida, da paz e a esperança de dias melhores.
Babei?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O protagonista e seu aniversário

Bem que me disseram que depois dos 20 anos, o tempo passa mais rápido. É como a areia escapando nos vãos das nossas mãos. A gente tenta não se preocupar com o tempo mas é inevitável. Todo ano, é aquela “comemoração”, com gostinho de preocupação. Mas se os anos que passam são bem vividos e se você sente-se protagonista de sua história, o sinal é verde! Avance sempre que puder, lembrando-se de quem você foi no passado, compartilhando o hoje, sem reclamar do futuro. Afinal, o jeito é levar a vida na graça... e relaxar, pois ninguém sairá vivo desta. (que profundo, Oo).

Tem uma frase que é mais ou menos assim: “durante todo o ano, a gente tenta se acostumar com a nossa idade e de repente vem um dia e muda tudo, completamente”. Pois o meu dia chegou. Mudo mais uma vez, agora para a versão 2.2. Mas quem disse que mudar é uma coisa ruim? Eu considero a mudança um avanço dos bons. É sinal de que você vem aprendendo, evoluindo, crescendo e se adaptando. Adaptação para os novos projetos, novos amores, trabalhos e desafios que te esperam. Adaptação é uma coisa que o ser humano consegue lidar, se sentir-se, claro, protagonista da sua história. Pois não adianta ser um mero espectador e ver a vida passar, você será mais uma vítima da depressão e da normalidade. Bebemorar a idade nova ao lado de amigos e familiares é uma coisa fundamental. Então suponho que fazer aniversário não seja tão ruim assim. Sem falar que alguns ainda lembram do presente, embora aja crise econômica, ou desse gesto ter se tornado coisa do passado. Presente é bom, mas comemorar a idade nova na folia e na diversão é muito melhor. Já pensou você sozinho em casa, sem ninguém para comemorar, beber, dançar, conversar... Já pensou? Isso sim seria um dia dramático, pra se olhar no espelho e gritar: to ficando velho e por conseqüência, esqueceram de mim! Mas se você for protagonista da sua história, isso jamais vai acontecer. Acredite!

Idade nova causa dor de cabeça. Nem que seja por dois minutos. O dia pode ser longo ou rápido demais. Nos dois casos, a dor de cabeça vai te pegar da mesma forma, principalmente nesta fase em que somos jovens, cheio de vontade e que estamos dispostos a abraçar o mundo. Paramos por alguns minutinhos para refletir. Coisas boas, coisas ruins. É desta dor de cabeça que estou falando. Fazer aniversário também permite reflexão, bem menos que final de ano ou natal, é claro. Mas consecutivamente é bom refletir, sinal verde, mais uma vez. Acredite, se o dia for longo, você continua espectador. Se já for outro dia, e o tempo passou rápido e você nem notou, considere-se um protagonista.

A palavra protagonista segundo o dicionário Aurélio, é um herói, um ator principal, um herói de novo. Sobre ele a trama é desenvolvida. As principais ações são realizadas por ele ou sobre ele. No entanto, por que falar em protagonista, se o assunto é aniversário? Ou seria o contrário? O importante é chegar à idade nova sentindo-se protagonista da sua história, se deparando com os altos e baixos, agradecendo suas conquistas, oferecendo atenção para os que estão ao teu lado e mantendo a vitalidade de sempre e a alma jovem. Permita-se aprender todos os dias, com humildade e intuição. Avalie se os seus anos estão valendo a pena. Descubra o que aprendeu com o ano que passou. Perdoe, ame, festeje, chore, invente, sorria, grite, seja feliz e viva! Sempre é tempo de mudar. Como disse o eterno Chico Xavier, “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. Eu sou protagonista da minha vida, e você?
OBS: Não esqueçam dos presentes!!!!!!!!!!