quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Desabafo... logo existo!

É preciso ter muito bom humor nesta vida! Vejam vocês! Eu vou contar uma história por concretude de um desabafo. Não estamos pensando em lavar roupa suja. Talvez destacar o que é certo e errado em meios termos.

Viajo há quatro anos para Ijuí, em um transporte, dividindo e compartilhando momentos e noites com pessoas de todos os lugares. Viagens que duram cerca de 3h diárias. Lembro com alegria, de quando entrei no ônibus. Aquela cumplicidade entre amigos, fazendo festa, com respeito, amizade e de forma sadia. Não se ouvia reclamações. Éramos pessoas dividindo o mesmo espaço. Estudantes com o mesmo objetivo, enfrentando a estrada, o cansaço e a monotonia.

Com o tempo, as coisas foram se alterando. Novas pessoas entraram para a família do Bus, com é comum a cada semestre. Mas o que deveria permanecer em harmonia, foi dividindo espaços diferentes: frente, meio e fundo. Ora, se todos fizemos parte de um mesmo grupo? Ora se colegas de ônibus estavam ali por um mesmo motivo, correr atrás de seus sonhos, em busca de uma oportunidade profissional? Mas esta divisão não se concretizou por causa das diferenças entre as pessoas. Elas aconteceram por parte de uma minoria. Esta minoria que tenta se fortalecer incomodando aqueles que trabalham manhã e tarde e só possuem como alternativa o espaço a noite para descansar. Uma minoria que se diverte, gozando e falando mal de seus próprios colegas. O que fazer? Como aceitar?

No meu caso, eu procurava manter amizade com todos. Sentava no meio, entre festas e um pouco descanso. Apenas lamentava o que os meus colegas do fundão cantavam aos companheiros do banco da frente: “Vai tomar neste teu c...” O problema é quando a paciência ultrapassa o limite. O que você mais quer é defender o certo do errado. Na verdade eu deixei de ter paciência para pessoas hipócritas e deixei de perder tempo e energia com pequenas contrariedades. O que aconteceu foi uma mudança, ou melhor, o feitiço caiu contra o feiticeiro! (De novo, isso alex? haha!).Por incrível que pareça, os amigos que sentam na frente tomaram conta do cecilhão. São mais alegres e receptivos, e isso acabou incomodando quem por muito inveja. E Inveja é aquele sentimento ruim que impede de ver a luz, o brilho e o talento do outro. Mas como diz o velho ditado: toda ação, tem uma reação.
Mas falando sério, o bom seria se todos estivéssemos na mesma sintonia, festejando juntos e compartilhando quilômetros diários. Mas infelizmente, há pessoas que preferem se dedicar ao egoísmo e a luxúria.

Aos meus colegas e companheiros de verdade do Cecília Tur. Não se preocupam com o sentimento alheio, talvez eles não reconheçam o seu próprio. Não querem ouvir e muitas vezes nem sabem o que falar. Talvez, lá no fundo, pensem estar protegendo-se do "mundo", mas na verdade são algozes de si mesmas. Contribuem para o sofrimento alheio sem que percebam o quanto sofrem e o quanto poderiam ser ajudados se assim o permitissem. Imaginem viver numa sociedade individualista? Digo: Socorro!!!! Parem este ônibus que quero descer!!! Mas e se não pudermos descer?

Juntem-se aos bons amigos, que não dividem apenas um transporte diário. Mas que se cumprimentam, se visitam e se respeitam diariamente. Desçam do muro colegas! Respeitem as diferenças e festejem a vida de forma sadia. Somos todos estudantes, buscando o mesmo espaço na sociedade. Mantenham a integreidade, pois será necessário no dia em que todos vocês erguerão o canudo, e exercerem suas futuras profissões. E para terminar esta crônica em forma de desabafo, deixo uma frase às pessoas que brindam à desarmonia da casa: "Nosso alvo na vida deveria ser não o de ultrapassar os outros, mas o de ultrapassar a nós mesmos". ( Babcock )

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Paciência é uma virtude

Bem vindos à era moderna, onde a paciência nem sempre é uma virtude. A pressa aumenta nas ruas e nas calçadas. Vejo a humanidade colocando tudo em cheque, perdendo seu próprio rumo pelas esquinas. Passos apressados, fugindo do relógio, sem paciência para viver cada dia que passa. Todos os dias da nossa vida, somos testados pela palavra paciência. Literalmente, ela é uma virtude, com a habilidade de suportar determinadas situações ruins esperando o melhor depois.

Há uma semana atrás, no aeroporto de Fortaleza, no Ceará, eu aguardava o vôo 3301 da TAM, marcado para decolar às 16h. Impaciente, como sempre, alguma coisa parecia estar errado. Foi só a moça anunciar que o vôo atrasaria 4h para entrar na maldita inquietação. Aonde estava minha paciência? Ou melhor, a paciência de mais de 100 passageiros? A notícia movimentou a área J do aeroporto de Fortaleza. Era gente gritando, brigando e sapateando. O atraso mudaria a vida de muitas pessoas naquele dia. Eu, por exemplo, perderia a conexão até Porto Alegre, dificultando ainda mais minha chegada a São Luiz, para uma festa no sábado à noite. Assim como os outros perderiam seus compromissos. Uma senhora atrasaria sua viagem de descanso, enquanto um senhor perderia o horário do trabalho. Todos tiveram suas rotinas alteradas. E por conseqüência, a paciência também.

A falta de paciência altera o nosso humor. Depois de perder o avião, muitos de nós ficamos a esperar no aeroporto. A minha, durou 7h. Andava para um lado e para o outro, querendo entender porque aquilo havia acontecido. Tentava justificar a situação pensando: nem tudo pode ser da forma como gostaríamos ou desejamos que acontecesse. Afinal, os imprevistos chegam sem avisar. Mas que nada, as brigas foram inevitáveis. A falta de paciência me levou a discutir com os funcionários da companhia. Tudo em vão.
Agora tentem imaginar a paciência daqueles que passaram a noite inteira no aeroporto. Dormindo sobre as malas, sem conforto algum. Um amigo que estava indo para Bruxelas, teria de agüentar a noite inteira para pegar outro avião na manhã seguinte. Ele me parecia calmo, nenhum pouco irritado. Disse que já era a terceira vez que isso acontecia. “Tinha que ser assim. Estava escrito”, destacava num tom suave, sem lembrar do que a noite lhe reservava.

Do que adianta a impaciência? A vida costuma se repetir entre correrias e imprevistos. Acabamos que agindo de forma insana, sem pensar muito, por impulso, e isso leva sempre a derrota, ao erro e ao sofrimento. Aquilo que independe de nossa vontade, pode ser sanada pela virtude da paciência. Aceitar os problemas é normal, e o melhor a fazer é resolvê-los de uma maneira que não se transforme em problemas futuros. Na hora de esperar, não se aborreça. Aja com autonomia e inteligência. Ficar irritado não vai resolver nada. Seja esperto, paciente, inteligente e correto. A sua saúde agradece.