quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Tempos de escola...

Atire a primeira pedra quem discorde que os tempos de escola não estão entre os melhores momentos da nossa vida? Os primeiros amigos, os primeiros amores, as primeiras conquistas, dificuldades, lutas, decepções, aquela sensação de liberdade, ou que o tempo parou para você ser quem você quiser, sem preocupação ou compromisso algum.
É claro que nem todo mundo mantém boas lembranças em tempos de escolas. Não é o meu caso. Poderia passar horas descrevendo tudo que vivi desde o primeiro dia que coloquei os pés na escola, até o momento em que recebi o canudo de conclusão. E olha que a gente só guarda na memória as boas lembranças, ou aquilo que nós doutrina como algo marcante e imortal. Como disse um amigo meu, lá do Rio de Janeiro, tentando explicar coisas do tipo: porque o cérebro armazena apenas algumas coisas? A resposta: seja na aula, na rua, no trabalho, ou em uma palestra que você está assistindo. Jamais anote nada em um papel, achando que um dia vai ler para recordar ou se importar. Afinal, é a cabeça que guarda o que achamos importante. E o que é importante, é o que vale para o ser humano. Faz sentido.

Eu, particularmente, sempre fui um tipo de aluno... diferente. A escola inteira achava que eu era um bacaca, metido a besta e filinho de professora. Ahh este “mal eu sofria”, ser filho de professora. Fui condenado até o último dia de aula e as frases martirizadas eram sempre as mesmas: ai, porque ele filho de professora e pode fazer aquilo, ai porque o filho da dona cleni(nome da minha mãe”) tem que ser um exemplo para todos. Coisa da cabeça deles, rs! Odiava ser tachado por isso. Até porque eu poderia me aproveitar desta situação em vários momentos. Mas tava nem aí.. Meus dias de escola eram dedicados a fazer acontecer ao lado dos meus amigos.

Para quem não sabe, Rui Barbosa era o nome da minha segunda casa. Foi ali que aprendi a ser gente. Aos seis, aos sete, aos oito... nesta fase eu conheci os amigos com quem eu dividiria tudo que a infância poderia oferecer de melhor. O quarteto inseparável: Alex, Glauco, Ricardo e Maurício. Impossível não citar o nome de vocês. Desde pequeno nós já éramos líderes natos, movimentando a sala de aula e a escola, com as nossas invenções malucas. Até um casa em um árvore a gente construiu. Isso já aos dez, aos 11, aos 12, o chamado clube “Mortal Kombat”. Jonny Cage era o meu personagem. Ilário!

Não bastavam estas invenções, queríamos registrar nossas idéias e ganhar dinheiro com elas, é claro, através de um jornalzinho estudantil. Lembram? Vendíamos o dito cujo por toda a escola. Às vezes aproveitávamos à boa fé dos professores e a comercialização era feita em horário de aula. Uma gazeação politicamente correta. Depois de jornaleiros, nos tornamos conhecidos por toda a escola. De líder de sala de aula, para integrantes do Grêmio Estudantil, mas isso é outra história...

Aos 13, aos 14, aos 15. Ah..nossos primeiros amores. A primeira namoradinha, as festas juninas e as confusões por causa “delas”. Foram tantas! A turma ia aumentando e o engraçado que a gente nunca se separava. Éramos unidos ao extremo. Mas como nem tudo era pra sempre, os amigos iam se renovando, enquanto outros partiam. Era uma época de descobertas, queríamos experimentar a liberdade e defender nossas idéias a todo custo. Neste tempo, fomos chamados de ovelhas negras da escola. Bardeneiros. Enquanto alguns nos detestavam, outros nos admiravam, ou ficavam na defensiva.

Aos 16, aos 17. Tantas recordações. Queria poder reviver cada uma delas. Quando chegou o terceiro e último ano de aula, parece bobagem. Mas ninguém queria que o ano acabasse. A união da turma 303 não se explica aqui. Só quem foi professor ou integrante desta sala de aula sabe do que estou falando. Não havia divisões de grupos. Éramos amigos para toda obra. Seja para bater panela na frente da escola ou simplesmente para uma festa, um trabalho em grupo.Tempos de escolas são para sempre, se é que esta palavra existe. Em 2010, a turma 303 do qual eu estou falando, estará novamente reunida. A maioria destes ex - alunos estarão com uma profissão engajada, outros com filhos e a maioria com grandes histórias para contar. Nao preciso dizer que será um grande encontro. Ainda bem que existem as fotos, os cadernos, os presentes de recordação de cada época. Mas mesmo se isso um dia acabar, ainda teria o cérebro pra relembrar. Realmente, os bons momentos são bem guardados, não importa o quanto tempo durem. Eles sempre irão existir. Enquanto houver lucidez, é claro!

6 comentários:

Luiz disse...

É assustador pensar nisso, mas tenho apenas mais um ano e meio na escola. Eu passei a maior parte da minha vida odiando a escola, e por mais que eu tenha uma vida muito mais ativa fora dela do que dentro efetivamente, eu acho que sentirei saudades daquela rotina cansativa diária. Acho que sou "popular" porque vendo brigadeiro e assim eu passo a ser o "Moço do Brigadeiro". Hahaha! Mas é realmente algo gostoso essa fase de semi-responsabilidades que podem ser esquivadas, mesmo sendo um ensaio nada fácil para a vida adulta e para o mundo cão.

Aline disse...

Pois é...
lembrar da infância / adolescência é sempre bom... no que diz respeito as coisas boas que aconteceram, claro!

Mas que isso seja apenas lembrança né, pois não podemos deixar de aproveitar nosso presente e construir nosso futuro pra viver de passado.

E no mais, que as fotos permaneçam para marcar o tempo e ilustrar as histórias que contaremos quando estivermos bem velhinhos...

;D

bjs

Unknown disse...

Além de lindo, escreve bem!parabéns moço
uui Isso me faz lembrar os tempos de escola! bravo e bravooooo
beijos!

Anônimo disse...

Bah, eu tô terminando uma etapa boa da vida, que certamente dará as melhores recordações.
O tal de A Notícia... hahahaha

Grande Johnny Cage!
(eu preferia o Sub-Zero)

Fabiele disse...

olha eu aqui denovoo alex..
pooiseh não tem como não comentaa..
eu to nessa faseee aii.. é otimaa realmentee, as vzs cansativaa, mas não vai passa em vão.. marcas concerteza vão deixaaar tds esses anooos.. ;/

:*

Luciene Ferrari disse...

Oiii, meu coleguinha quiridooo!
Me sobrou um tempinho agora e eu vim ler o teu blog.
Beeeem legal, gostei mesmo. Me fez lembrar dos meus tempos de escola também. E eu descobri que temos algo em comum, ou melhor, sofríamos do mesmo mal: também sou filha de professora! Hehehe!
Bom, tah muito legal mesmo teu blog. Só falta uma coisinha nele: Uma lista de links né, com o link do meu blog, com o link do blog da Nay... e assim por diante. Hahaha!

Bom... Se vemos na segunda então.
Beijãooo!